Os filmes da mostra

Clique na barra do título do filme para ver a sinopse



Título original: What a Wonderful World
Ficção - Marrocos, França, Alemanha – Cor - 99min
Direção e roteiro: Faouzi Bensaïdi
Elenco: Faouzi Bensaïdi, Nezha Rahil, Fatima Attif, Hajar Masdouki, El Mehdi Elaaroubi, Mohammed Bastaoui
Sinopse: Souad é prostituta e sua melhor amiga é Kenza, uma agente de trânsito. Kamel é um assassino frio, que recebe ordens para matar pela Internet, e também é o cliente favorito de Souad. Quando Kenza se apaixona por Kamel, os dois começam um relacionamento condenado por causa da incompatibilidade de seus trabalhos. A situação piora depois que um hacker invade o site pelo qual os clientes de Kamel contratam seus serviços.
FAOUZI BENSAÏDI nasceu em Meknes, no Marrocos, em 1967, estudou no Instituto de Arte Dramática de Rabat e começou a carreira fazendo direção de teatro. Em 1997, dirigiu seu primeiro curta-metragem, The Cliff, e com seus dois curtas subsequentes – The Wall e The Rain Line –, recebeu prêmios nos festivais de Cannes e Veneza. Em 2003, lançou seu primeiro longa, A Thousand Months. O filme What a Wonderful World é o segundo.



Título original: Port of Memory – 2009 – Palestina, Alemanha, França, Emirados Árabes – Cor – 63min
Idioma: Árabe e hebraico
Direção e roteiro: Kamal Aljafari
Elenco: Salim Bilbesi, Sadika Bilbesi, Fatmeh Bilbesi, Angles Hamati
Sinopse: Porto da memória é uma história raramente contada, sobre o esvaziamento de Jaffa, uma cidade portuária que vivia um próspero crescimento urbano e econômico na Palestina pré-1948. O filme acompanha a trajetória de uma família despejada da casa em Jaffa, propondo a reflexão sobre o absurdo de ser ao mesmo tempo ausente e presente.
KAMAL ALJAFARI é reconhecido internacionalmente pelos trabalhos que conciliam o documentário e a ficção, questionando os limites desses dois gêneros cinematográficos. Aljafari estudou teatro na Universidade Hebraica de Jerusalém e concluiu o mestrado em cinema na Academy of Media Arts de Colônia, na Alemanha. O diretor foi membro do Film Study Center Fellow and Benjamin White Whitney Scholar da Universidade de Harvard, em que trabalhou em um projeto de mídia interdisciplinar intitulado Cinematic Occupation. Seus prêmios incluem: Melhor Vídeo Internacional no Festival de Imagens em Toronto; Marselha França; e Friedrich-Vordemberge Artes Visuais Prémio da Cidade de Colônia. Seu mais recente trabalho, Port of Memory (2009), recebeu o Prêmio Louis Marcorelles pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da França.



Título original: Hors-La-Loi – 2010 – Ficção - Argélia, França – Cor – 138min
Idioma: Árabe, francês
Direção: Rachid Bouchareb
Elenco: Sami Bouajila, Jamel Debbouze, Roschdy Zem
Sinopse: Depois de perderem a casa da família na Argélia, três irmãos e a mãe deles são espalhados pelo mundo. Messaoud se associa ao exército francês, lutando na Indochina; Abdelkader se torna o líder do movimento argelino contra a ocupação francesa e Saïd muda-se para Paris, onde faz fortuna. Gradualmente, seus destinos se interconectam reunindo-os na capital francesa, onde a batalha pela liberdade se inicia.
RACHID BOUCHAREB nasceu na França, onde estudou Cinema. Depois de realizar vários curtas, dirigiu Bâton Rouge (1985), que deu espaço para as gerações de imigrantes. Em 1989, fundou a própria produtora com Jean Bréhat. Em 1991, Cheb foi premiado várias vezes, especialmente em Cannes. Cinco anos depois, Dust of Life foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Little Senegal se apresentou na competição de Berlim em 2001 e marcou o primeiro sucesso do diretor nas bilheterias francesas. Em 2006, Days of Clory recebeu o prêmio coletivo para melhores atores em Cannes e foi indicado ao Oscar. Fora da lei concorreu em Cannes em 2010 e foi nomeado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2011.



Título original: Casanegra – 2008 – Ficção – Marrocos – Cor – 110min
Idioma: árabe
Direção e roteiro: Nour Eddine Lakhmari
Elenco: Anas Elbaz, Omar Lotfi, Mohamed Benbrahim, Ghita Tazi, Driss Roukhe, Hassan Essakali, Raouia, Haitham Idrissi
Sinopse: Na bela e caótica cidade de Casablanca, dois jovens amigos de infância, Adil e Karim, tentam ganhar a vida através da malandragem de rua – o que frequentemente envolve pequenos furtos. Os dois decidem mudar essa direção e perseguir os sonhos por respeito e sucesso. Casanegra é uma história de amor entre dois jovens e a cidade que não corresponde a esse amor. É uma ode à amizade e à esperança de uma geração.
NOUR-EDDINE LAKHMARI nasceu em Safi, Marrocos, em 1964.  Mudou-se para a França para estudar Farmácia, mas sua vida seguiu por outro caminho quando decidiu iniciar o curso de cinema. Seu primeiro curta-metragem, filmado em Oslo, levou-o à admissão na Academia de Cinema local e vários outros curtas foram premiados. Seu primeiro longa, Le Regard, foi lançado em 2005 com grande aclamação da crítica no Marrocos e na Escandinávia.
Destaques da Filmografia: The Gaze (2005), Prêmio International Press no Festival de Cinema de Tromso
; Trapped by the night (1995), Prêmio do Júri do Festival Nacional de Cinema da Noruega
; The last show (1998), Prêmio do Júri do Festival Nacional da Noruega
; Paper boy (1997), Prêmio Chicago; Born without skis (1996), Prêmio de Melhor Filme de Asker (Noruega).
Após completar os estudos em cinema na Europa, Salah Abouseif trabalhou em 1939 como assistente de Kamal Selim na realização de Desejo, considerado precursor do gênero neorrealista. Tornou-se internacionalmente conhecido a partir de 1951, com Seu dia virá, estrelado por Faten Hamama, após o qual obteve diversos êxitos como O sanguessuga (1956), com Taheya Cariocca, O forte (1957), O começo e o fim (1960) e A segunda esposa. Egresso da geração dos denominados “cineastas da revolução”, de 1952, que contou com nomes como Salah Abou Seif, Youssef Chahine, Tawfiq Saleh e Kamal al-Sheikh, entre outros, marcou seus principais filmes com críticas às contradições da sociedade egípcia antes e após a revolução de 1952. Para mandar sua mensagem, colocou em cena o Cairo popular, suas ruelas, gente que executava ofícios humildes, além de evocar questões como o contrabando e o status da mulher.



Título original: Masquarades – 2008 – Ficção – Argélia, França – Cor – 90min
Idioma: árabe
Direção: Lyès Salem
Elenco: Lyès Salem, Sarah Reguieg, Mohamed Bouchaïb
Sinopse: Depois de trabalhar durante grande parte de sua vida como jardineiro em uma empoeirada aldeia argelina, Mounir sonha em melhorar a vida de sua família. Ele acredita que pode alcançar respeito se casar sua irmã, Rym, com um verdadeiro cavalheiro. Entretanto, Rym tem outros planos: casar-se com o homem que a cortejou secretamente durante anos.
LYÈS SALEM nasceu em Argel, na Argélia, em 1973. Depois de estudar no Conservatório Nacional Superior de Arte Dramática, apresentou-se em alguns dos teatros mais respeitados do país. Seu segundo curta-metragem, Cousines, foi premiado na França em 2005. Masquarades é seu primeiro longa.



Título original: VHS Kahloucha – 2006 – Documentário – Tunísia – Cor – 80min
Idioma: árabe
Direção e roteiro: Néjib Belkadhi
Elenco: Moncef Kahloucha
Sinopse: O documentarista Néjib Belkadhi segue o cineasta amador Moncef Kahloucha, enquanto o segundo filma seu mais novo longa-metragem, Tarzan dos árabes.
Tawfik Saleh (1927)
NÉJIB BELKADHI, depois de estudar Economia, começou a carreira de ator de cinema, teatro e televisão. Em 1998, dirigiu e apresentou programas de TV de sucesso para o canal + Horizons, em Tunis. Em 2002, fundou com Imed Marzouk a Propaganda Produção, uma produtora alternativa e independente. VHS-Kahloucha é seu primeiro documentário longa-metragem. Este foi exibido e premiado em vários festivais internacionais, entre eles: Cannes (2006), Carthage (2006), Dubai (2006), Goteborg (2007) e Sundance (2007).



Título original: Dowaha – 2009 – Ficção – Tunísia, Suíça, França – Cor – 90min
Idioma: Árabe e francês
Direção e roteiro: Raja Amari
Elenco: Hafsia Herzi, Sondos Belhassen, Wassila Dari, Rim El Benna, Dhafer Labidine
Sinopse: Três mulheres vivem isoladas, como posseiras em uma casa vazia. Suas vidas são perturbadas quando um jovem casal, Ali e Salma, se muda para a habitação. Desenvolve-se ali uma convivência peculiar, porque as mulheres não querem se revelar aos vizinhos indesejados. Elas não podem sair, porque querem evitar ser vistas nesse esconderijo desolado, abrigo de uma infinidade de segredos.
RAJA AMARI, nascida em Tunis em 1971, fez mestrado em Literatura Francesa e Civilização pela Universidade de Tunis. Mais tarde estudou cinema em Paris, na École National Supérieure dês Métiers de Image ET Du Son (Femis). Dirigiu seu primeiro curta-metragem, Le bouquet, em 1995, seguido por Avril em 1998.  Em 2002, Amari escreveu e dirigiu seu primeiro longa, Satin Rouge. Recebeu, entre outros, os prêmios de melhores diretora, no Seattle International Film Festival, e filme, no Festival Internacional de Torino.  Segredos enterrados é o segundo longa de Amari e foi selecionado para a competição Orizzonti no Venice Film Festival 2009, Abu Dhabi Festival e Doha Festival.



Título original: Microphone – 2009 – Ficção – Egito – Cor – 98min
Idioma: árabe
Direção e roteiro: Ahmad Abdallah
Elenco: Khaled Abol Naga, Menna Shalabi,Yosra El Lozy, Hany Adel, Ahmad Magdy, Atef Yousef
Sinopse: Microfone mistura ficção e cinema verdade. Apresenta e segue um egípcio expatriado que regressa à antiga cidade de Alexandria, no seu país de origem. Lá ele mergulha em um cenário inusitado e inicia-se um interessante e intrigante musical underground em uma representação incrível do cinema egípcio moderno.
AHMAD ABDALLAH nasceu em 1978, no Egito, onde estudou música nos anos 90. Trabalha como editor de cinema desde 1999, tendo entre seus trabalhos alguns filmes de publicidade e documentários entre os anos de 2001 e 2004. Heliópolis foi sua primeira produção, realizada com baixo orçamento, em 2009. Os participantes, atrás e diante das câmeras, ofereceram seu tempo e esforço na coprodução e realização. Microfone é seu segundo longa-metragem e tem sido aclamado pela crítica internacional. Esteve presente em vários festivais de prestígio, como Toronto, Vancouver e Dubai, e acaba de fazer parte da seleção oficial de Cannes 2011. A obra ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Cinema de Cartago.



Título original: Wahed Sefr – 2009 – Ficção – Egito – Cor – 105min
Idioma: árabe
Direção: Kamla Abu Zekri
Elenco: Zeina, Ilham Shaheen, Khaled Abol Naga, Nelly Karim
Sinopse: É final da Copa das Nações Africanas em 2008. Nesse dia, oito personagens egípcios lidarão com diferentes situações, o que complicará ainda mais suas vidas. Mas a vitória do time egípcio por um a zero os faz esquecer dos problemas, mesmo que seja só por uma noite.
KAMLA ABU ZEKRI nasceu no Egito em 1974. Graduada pelo Instituto de Cinema, desde então dirigiu vários curtas, incluindo Something has happened, Palestine in Egypt e A glance at the sky. Wahed Sefr é o quarto longa-metragem e um campeão de bilheteria no Egito e em festivais internacionais.



Título original: Recycle – 2007 – Documentário – Jordânia, Holanda – Cor – 80min
Idioma: árabe
Direção: Mahmoud al Massad
Elenco: Irit Neidhardt, Leanne Westerink, Mahmoud al Massad, Omar Massad, Paul Augustijn
Sinopse: Conta a história de Abu Amar, um ex-soldado Mujahideen tentando construir uma vida pacífica após anos de combates na guerra soviético-afegã. O filme retrata a luta pessoal do personagem entre a fé e a difícil realidade política e social da vida no Oriente Médio.  Abu Amar é pai de oito filhos e todos são obrigados a recolher e reciclar papelão nas ruas de Zarqa, na Jordânia, que é também a casa de infância do diretor.
MAHMOUD AL MASSAD nasceu em 1969 em Zarqa, Jordânia. Quando tinha 18 anos, mudou-se para a Europa, onde trabalhou na indústria cinematográfica na Romênia, Itália e Alemanha, fazendo 12 curtas-metragens. Em 2002, Massad voltou à Jordânia para trabalhar em vários projetos de filmes, incluindo Shatter Hassan, Jackie & The 40 Yellow Cabs, Certificate Ritual, Human Landscape, White Wall e Sufi, entre outros. O projeto mais recente de Mahmoud Al Massad é This is my picture when I was dead, apoiado pelo Sundance Documentary Institute, que ganhou o prêmio Muhr Arab do Festival de Dubai em 2010.



Título original: Marra Oukhra – 2009 – Ficção – Síria – Cor – 96min
Idioma: árabe
Direção e roteiro: Joud Said
Elenco: Qays Cheikh Najib, Abdulatif Abdulhamid, Pierrete Katrib, Kinda Allouch, Jonny Komovic
Sinopse: Outra vez é uma história de amor. Majd é filho de um oficial de alta patente do exército sírio que estava servindo no Líbano durante a guerra civil. Agora, trabalha como especialista de TI em um banco libanês em Damasco. Joyce é libanesa e foi recentemente nomeada gerente da mesma filial dessa instituição. Os dois se aproximam com resistência e preconceito, por carregarem o duplo fardo do passado – a morte dos pais durante a guerra e o peso do presente, não menos doloroso. De muitas maneiras, Majd e Joyce representam uma geração que vai escrever um novo capítulo na história das relações entre o Líbano e a Síria.
JOUD SAID nasceu na Síria e estudou cinema na Universidade Louis Lumière, França. Trabalha com a National Film Organization na Síria e se tornou um dos maiores produtores do país. Em apenas cinco anos, Said filmou o documentário Few of last days e dois curtas, Monologue e Farewall. Com Outra vez, seu primeiro longa-metragem, Said ganhou o prêmio de melhor filme árabe no Festival Internacional de Damasco 2009. A obra o transformou no diretor sírio mais jovem a concluir um filme do gênero.



Título original: Falling from Earth – 2008 – Ficção – Líbano – Cor – 75min
Idioma: árabe
Direção e roteiro: Chadi Zeneddine
Sinopse: Youssef, um sábio, vive nas ruínas de um edifício, recolhendo fotos de pessoas felizes. Por trás de cada imagem, tem milhões de implosões de uma cidade ferida pelo tempo. Capítulo após capítulo, todos estão ainda à espera de... Beirute.
CHADI ZENEDDINE pertence à nova geração de diretores que não viveram a guerra civil no Líbano. Cineasta de 31 anos, filho de libaneses, nascido e criado no Gabão, volta a Beirute para filmar o seu ponto de vista dessa eterna cidade. É bacharel em Comunicação e Artes, concluiu mestrado em Estudos de Cinema em Beirute e doutorado em cinema pela Sorbonne, na França. Seu primeiro longa-metragem, Caindo por terra foi selecionado em mais de 20 festivais de cinema, incluindo o Dubai International Film Festival, o Rotterdam International Film Festival e como parte do New Directors/New Films em Nova York, no ano de 2008. Participou como membro do júri do Abu Dhabi International Film Festival 2009 e da reportagem “Rab Pack: a nova onda de cineastas árabes”, da revista Variety, durante o Festival de Cinema Tribeca Doha, em 2009. Zeneddine vive no Qatar e trabalha com o aclamado Doha Film Institute, no qual elabora projetos e promove seminários e oficinas sobre cinema. Recentemente, assinou um contrato com a Walt Disney Pictures International, para escrever e dirigir The last of the Storytellers. Seus projetos em desenvolvimento são Cindy & Rella, adaptação para o gênero de comédia romântica do conto de fadas passado em Paris; e The Visit, um thriller psicológico passado no futuro.



Título original: Everyday is a Holiday – 2009 – Ficção – Líbano, França, Alemanha – Cor – 90min
Idioma: árabe
Direção: Dima El-Horr
Elenco: Hiam Abbas, Manal Khader, Raïa Haïdar
Sinopse: Conta a história de três mulheres, de diferentes origens, que estão a caminho da prisão para visitar seus maridos no feriado do Dia da Independência. Essa jornada torna-se uma busca pelas suas próprias independências.
DIMA EL-HORR é mestre em Cinema pela Escola de Art Institute of Chicago e atualmente trabalha como professora na Universidade Libanesa-Americana no Líbano. Dirigiu três curtas-metragens que foram apresentados em vários festivais internacionais. Todo dia é feriado é seu primeiro longa, também exibidos em diversos festivais, entre eles Toronto, Dubai, Santiago e Torino, onde ganhou o prêmio de melhor novo cineasta.



Título original: Son of Babylon – 2009 – Ficção – Iraque, Reino Unido, França, Holanda, Palestina, Emirados Árabes, Egito – Cor – 91min
Idioma: Árabe, curdo
Direção: Mohamed Al-Daradji
Elenco: Yasser Talib, Shazda Hussein, Bashir Al-Majid
Sinopse: Em 2003, três semanas depois da queda do regime de Saddam Hussein, Ahmed, um menino curdo, segue a avó em uma viagem pelo Iraque, em direção à Babilônia. Ela está determinada a descobrir o destino de seu filho, que nunca voltou, desde a Guerra do Golfo. O filme revela a realidade de muitos iraquianos e curdos.
MOHAMAD AL DARADJI, nascido em 1978, em Bagdá, é um diretor de cinema de dupla cidadania iraquiano-holandesa. Estudou direção teatral e fugiu para a Holanda em 1995, onde se especializou como cinegrafista. Mais tarde, concluiu o curso de mestrado em Cinema na cidade de Leeds, na Inglaterra. Mohamad Al Daradji criou vários curtas-metragens e comerciais. Seu primeiro longa foi Ahlaam, exibido na Mostra Mundo Árabe de 2009, filmado em quatro meses durante a guerra em Bagdá, no ano de 2004. Filho da Babilônia foi desenvolvido através do Sundance Institute, participou e foi premiado nos principais festivais internacionais, como Sundance, Berlin, Karlovy Vary, além de ser selecionado para representar o Iraque no Oscar como melhor filme estrangeiro. Em 2010, Mohamad Al Daradji foi nomeado pela revista Variety como o Cineasta do Ano do Oriente Médio.



Título original: City of Life – 2009 – Ficção – Emirados Árabes – Cor – 97min
Idioma: Árabe, inglês, híndi
Direção: Ali F. Mostafa
Elenco: Alexandra Maria Lara, Sonu Sood, Jason Flemyng, Natalie Dormer, Ahmed Ahmed, Saoud Al Kaabi, The Narcicyst, Habib Ghuloom, Javeed Jaaferi, Susan George
Sinopse: Drama urbano que acompanha as várias interseções de um elenco multi-étnico, examinando as interações aleatórias e como suas consequências podem impactar outras vidas. Explora e expõe a rede complexa que existe em uma sociedade emergente e multicultural como a existente hoje nos Emirados, onde ocorrem divisões de etnia e de classe social.
ALI F. MOSTAFA é filho de mãe inglesa e pai árabe. Cresceu em Dubai, onde, desde a infância, experimentou fazer seus próprios filmes, parodiando os anúncios de TV. Após a conclusão do ensino superior, criou uma empresa de desenho de interiores e cenários e alcançou seu objetivo em 2003, quando ingressou na London Film School para obter o título de mestre em Formação Prática na Técnica Cinematográfica. Ali Mostafa trabalhou em todas as áreas de produção para curtas-metragens e comerciais de TV. Sua primeira experiência em direção foi com o curta Under the Sun, oficialmente escolhido e nomeado como melhor filme estrangeiro em vários festivais internacionais, como o Cinema Emirates 2006, realizado em Abu Dhabi.


  Cinemateca 29 de Junho, 21h

RAJA AMARI, nascida em Tunis em 1971, fez mestrado em Literatura Francesa e Civilização pela Universidade de Tunis. Mais tarde estudou cinema em Paris, na École National Supérieure dês Métiers de Image ET Du Son (Femis). Dirigiu seu primeiro curta-metragem, Le bouquet, em 1995, seguido por Avril em 1998.  Em 2002, Amari escreveu e dirigiu seu primeiro longa, Satin Rouge. Recebeu, entre outros, os prêmios de melhores diretora, no Seattle International Film Festival, e filme, no Festival Internacional de Torino.  Segredos enterrados é o segundo longa de Amari e foi selecionado para a competição Orizzonti no Venice Film Festival 2009, Abu Dhabi Festival e Doha Festival.
LINA CHAABANE MENZLI estudou Línguas Modernas na Escola International Studies, em Londres. Trabalha com cinema na Tunísia desde 1992, como produtora, tradutora e gerente em inúmeros curtas e longas-metragens. Treinou jovens cineastas argelinos para a criação de roteiros de curtas-metragens e é uma das organizadoras das oficinas de roteiro Sud Ecriture e do programa para treinamento de produtores Beyond Borders. Lina faz parte da comissão organizadora do Festival Cinematográfico de Cartago desde 1992.



Sobre as curadoras:

DORA BOUCHOUCHA – Formada na Tunísia e na Sorbonne, na França, em Literatura Inglesa e Cinema, é uma produtora tunisiana internacionalmente reconhecida. Preside o Fonds Sud Cinéma e é consultora do Festival de Veneza. Fundou a produtora Nomadis Imagines na Tunísia e foi responsável por diversas produções internacionais desde o início dos anos 90. Compõe a diretoria internacional dos conselheiros do Cinemart – Festival de Filme de Rotterdam e do Claus Fund Film Grant e participou como júri em diversos festivais internacionais (Valença, Mons, Namur, Montpellier, Premiers Plans Angers etc.). Dora tem experiência no treinamento de jovens cineastas em oficinas e é sócia da Meda–Film Development Project, parte do programa EuroMed de audiovisual, Programa II, pelo qual atua também como líder de estudos e especialista. Dirigiu em 2008 e em 2010 o Festival de Cinema de Cartago, o festival de cinema árabe mais antigo do continente africano.

NAGILA GUIMARÃES – Cursou Economia na PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), em Belo Horizonte, Comércio Exterior na Ucla (University of Califórnia), em Los Angeles, e Produção de Vídeo e Distribuição na New School For Social Research, em Nova York. Idealizadora e cocuradora da Mostra de Cinema Árabe para o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Brasília em 2011.  Idealizadora e curadora da Mostra de Cinema Georgiano para os CCBBs do Rio de Janeiro e de São Paulo em 2009.  Atuando junto ao Abu Dhabi Film Festival desde 2008, trabalhou para o Miami International Film Festival de 2003 a 2010. Produtora do documentário Please Talk to Kids About Aids, de 2006.  Participou do Sundance Film Festival em 2002. Cofundadora e sócia da Imagination Plus, Dubai, de 1997 a 1999, foi representante da Vidart (Produtora e distribuidora de vídeos), em Nova York, de 1993 a 1996.